terça-feira, 8 de junho de 2010

mistério 1 de du


Dia: 12 de Maio de 2010
Hora: 17h30 – 18h10
Hora do relatório: 18h30
Cidade: Lisboa. PT
Rua: Ferreira Lapa (minha casa)


Nada melhor do que a rua da sua casa. Mesmo que de alguma forma você ainda não se sinta em casa. Como na verdade não está. Longe de tudo que era “seu”, de tudo que você de certa forma construiu em 25 anos de existência num plano. A minha casa não é onde piso hoje, mas era onde pisava há 1 ano? A nossa casa é um estado de espírito? Onde me sinto bem, à vontade? Onde eu presto pra algo? Onde me conhecem e param pra me cumprimentar? O que é a minha casa? Asfalto, paralelepípedos, muros, janelas, prédios, azulejos, pedras daqui ou daí? Areia ou terra? Cristais de luz do sol que é o daqui e o daí? A minha casa sou eu, mas comigo caminham cenas, pessoas, momentos, tempo. Minha casa sou ou minha casa é? A minha rua é uma ladeira e ela não tem saída. A minha casa, eu, tem, tenho, saída. O mundo é minha casa, mas o mundo sou eu. Um pedacinho aqui, retira um tiquinho lá, e assim me formo, com as formas do mundo, da minha casa. A rua da minha casa antiga de 4 andares e escadas de madeira velha é sem saída, mas minha casa é a porta de entrada pra tudo. E a saudade de casa, contradição, vibra a cada momento. Vibra saudade de casa! Vibra que um dia eu, casa, me encontro com você, casa. (a mente voa e os pensamentos também… os devaneios seguem como” ilegíveis” aos olhos de quem não vê aqui dentro de mim o que acontece. Paciência. Risos)

dulce

ps: hj, 8 de junho, choveu em lisboa e eu tomei banho de chuva na minha rua e me senti um tico mais em casa!

Um comentário:

  1. Quando alguém quiser mostrar seu coração sem precisar rasgar o peito, traduza sua relação com seu presente como a autora fez com esse texto.
    Te agradeço a alegria e a emoção de ler esse texto e assistir a história que ele conta como se ela passasse por dentro de mim.
    bjão

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